terça-feira, 14 de maio de 2013

Confira um guia visual para os cenários de “Anjos da Morte, capítulo por capítulo

Uma das grandes diferenças de “Anjos da Morte” para “Herdeiros de Atlântida, o primeiro volume da série Filhos do Éden, é que esta nova obra nos apresenta uma aventura internacional, passada em diversos países e em várias épocas do século XX.

» Saiba mais sobre o romance "Filhos do Éden: Anjos da Morte"
» Confira os filmes que inspiraram "Filhos do Éden: Anjos da Morte"
» Conheça (e escute) as músicas que serão comentadas no livro

Em “Herdeiros de Atlântida” tentei propositalmente usar um cenário mais regional, como as estradas do Brasil e a região serrana do Rio de Janeiro, ambientes que, para nós, são de fácil visualização. Desta vez, porém, muitas paisagens retratadas podem soar alheias à nossa realidade, então resolvi fazer este post para ilustrar os principais cenários de “Anjos da Morte”, sempre que isso se faz necessário.

Este post contém spoilers, mas fique tranqüilo. Ele se torna absolutamente seguro se você for lendo apenas até onde você avançou. Não á revelações de roteiro ou coisas do tipo.
 
Capítulo 1: Dia D, Hora H

Omaha: Esta foi a primeira visão que os soldados americanos tiveram ao desembarcar na chamada “Hora H”. Muitas das barcaças encalharam os bancos de areia, distantes vários metros das colinas praianas.

Capítulo 5: O Primeiro dos Sete

Cabeça de praia: Horas depois da invasão, Omaha se transformou numa cidade em movimento. Trincheiras começaram a ser cavadas, cercas levantadas e equipamentos desembarcados. A visão abaixo é da orla a partir de uma das colinas.


Capítulo 6: Abul das Profundezas

Casa de Abul: Os arredores descritos no capítulo 6, inclusive a casa de Abul, existem de fato. Confira aqui a sua localização no Google Maps e se quiser, dê uma caminhada na vizinhança londrina usando o Street View.


Capítulo 7: Saint-Lô, a Capital em Ruínas

Saint-Lô: Uma das muitas cidades completamente devastadas durante a Segunda Guerra Mundial. Veja nessa imagem um pouco dessa destruição.

Capítulo 9: Marie et Louise

Monte Saint Michel: A cidade de Marie et Louise é fictícia, mas ela é inspirada no Monte Saint Michel, localizado na costa francesa, entre a Normandia e a Bretanha. Saiba mais sobre a (verdadeira) história do lugar aqui.


Capítulo 15: Controle Psíquico

Zhangmu: Esta cidade, entre a China e o Tibete, fica numa região alta e úmida. Apesar de receber visitantes e turistas, conserva ainda o seu caráter humilde.


Capítulo 16: Zac

Coutances: Também afetada pelos bombardeios, essa comuna francesa serviu como uma espécie de cidade-hospital para os soldados aliados. Na imagem, a catedral que foi usada como sanatório para os doentes mais graves.     




Capítulo 18: Marcha sobre Paris

Bosque de Bolonha: Esse fabuloso bosque fica localizado na zona oeste de Paris. Foi construído pelo imperador Napoleão III no século XIX. Embora afastado do centro, vale a visita para os turistas que estão de passagem pela França.

Le Procope: Considerado o restaurante mais antigo de Paris, o Le Procope é um café pitoresco e aconchegante.

Capítulo 19: Na Outra Margem do Sena

Jardim das Tulherias: Chamado também de Jardim das Tulheries, funciona como área de lazer no verão, já que como muitas cidades da Europa, Paris não tem praias.


Capítulo 21: Ardenas

Batalha do Bulge: O inferno gelado que foi Bastone em dezembro de 1944. Na imagem, um tanque capturado pelos americanos. Atrás, o campanário da cidade de Foy.

Passo de Elsenborn: No inverno de 1944, surgiu o boato que o passo era usado como trilha para o abastecimento de munição que vinha da Alemanha. Saiba mais sobre a região aqui.



Castelo de Wewelsburg: O castelo que aparece no capítulo 21 é real e foi de fato usado como base de operações pela SS.

Piscina cerimonial: A pia de cerimônias foi projetada pelos teóricos místicos nazistas, e ficava na ala norte.


Capítulo 28: Cão de Caça

Estrada costeira do Pacífico: A figura mostra a estrada costeira do Pacifico na altura de Santa Barbara. Embora Rocky Beach seja uma cidade fictícia, ela copia as muitas cidadezinhas que existiam na região durante os anos 50.

Capítulo 35: Busca e Destruição

Da Nang: A base aérea de Da Nang entre os anos de 1967 e 1975 era mais ou menos como uma enorme acampamento de verão. Confira também esse vídeo curto que mostra o cotidiano dentro da base.


Capítulo 37: Hué

Ofensiva do Tet: O ataque dos vietcongues no feriado do ano novo lunar desencadeou os maiores combates da guerra até então. Veja também essa reportagem da época.

Capítulo 42: Inferno Verde

Ruínas Khmer: A imagem mostra o fabuloso templo de Angkor, no Camboja. O prédio encontrado por Denyel no livro seguia o mesmo padrão, e era parte das ruínas do império Khmer. Saiba mais aqui.


Capítulo 49: Venice

Praia de Venice: Destino dos doidos, veteranos, mendigos e drogados, a praia de Venice, na Califórnia, era um reduto sui generis na década de 70 (e continua sendo até hoje).


Capítulo 51: Santa Sofia

Basílica de Santa Sofia: Convertida em mesquita depois da invasão muçulmana, Santa Sofia hoje abriga um museu. Seus minaretes dominam a belíssima paisagem de Istambul.



Capítulo 52: Expresso do Oriente

Hotel Pera Palace: Famoso por abrigar muitos hóspedes celebres, como a escritora Agatha Christie, o Pera Palace é considerado o hotel mais luxuoso de Istambul – até hoje.

Grande Bazar: Todas as nossas feiras populares, acreditem, nasceram aqui, em Istambul, há séculos. O Grande Bazar é considerado o primeiro e maior mercado popular do mundo. Dá para se perder lá dentro.


Capítulo 53: Teth

Katmandu: Capital do Nepal, Katmandu é uma cidade exótica. Na imagem, o templo de Pashupatinath, patrimônio da Humanidade, e os ghats no rio Bagmati.


Hanuman: Um dos muitos macacos de circulam por Katmandu. Há centenas deles nas ruas, nos prédios e nas margens dos rios.




Capítulo 54: Casa Segura

Rua Vauxhall Bridge, 46: O local existe de fato. Cliquem aqui para localizar o endereço no Google Maps.

Capítulo 56: Anjos e Demônios

La Travistere: Esse bairro charmoso é considerado pelos italianos como a “autêntica Roma”, longe dos centros turísticos tradicionais. O aspecto desgastado dos prédios dá à vizinhança um ar rústico e aconchegante.

Hotel Eden: O mais tradicional e melhor hotel de Roma, na opinião dos principais guias turísticos. Na imagem, o restaurante La Terrazza, com sua espetacular vista para a Cidade das Sete Colinas. Confira a localização do Eden no Google Maps e visite o site do hotel.

Capítulo 57: Escudo Humano

Basílica de Santa Maria Maggiore: A vista da praça conforme é mostrada no livro. Santa Maria Maggiore é uma das igrejas mais populares e famosa de Roma.


Capítulo 61: Dormindo com o Inimigo

Dakota: Esse charmoso prédio de apartamentos, localizado entre a rua 72 e a Central Park West, foi construído no século XIX e já abrigou muitos residentes famosos, como o ex-Beatle John Lennon, que morreu baleado em suas escadarias. Saiba mais sobre a história do Dakota aqui.

Capítulo 63: O Anjo das Águas

Fonte Bethesda: Tanto a fonte quanto o terraço estão no centro arquitetônico do Central Park e é um dos pontos mais visitados do parque. Sobre a fonte está a famosa estátua do Anjo das Águas.

Capítulo 65: Vila Sésamo

Centraal Station: É assim que escreve mesmo, com dois “as”. Um belo projeto que ocupa o centro de Amsterdã e serve de ligação às demais malhas urbanas.

Hotel Quentin: O hotel em que Denyel fica é real. Trata-se de uma acomodação de duas estrelas na rua Leidskade, número 89.


Capítulo 66: Clube do Inferno


Distrito da Luz Vermelha: Em Amsterdã, o Distrito da Luz Vermelha abriga dezenas de prostíbulos e os chamados coffe shops, onde vende-se drogas. O Clube do Inferno não existe de verdade, mas sua entrada foi idealizada para soar bem parecida à imagem dos bordeis mais tradicionais da região. Veja o local no Google Maps e dê uma passeada pela área usando o Street View.

Capítulo 68: Combustão Espontânea

Planalto de Gilf Kebir: Localizado na Líbia, esse belíssimo planalto é um dos desertos mais belos do mundo, ainda desocupado por quilômetros a fio.

Capítulo 76: Beirute

Centro do Líbano
: A imagem mostra Beirute durante a guerra civil. O estádio em destaque foi na verdade usado como depósito de munição durante os 1981 e 1982. Saiba mais sobre a guerra civil libanesa.

Capítulo 87: Um Novo Dia para Morrer

Portal de Brandemburgo: O mais famoso marco de Berlim é o portal de Brandemburgo e a Praça Paris. Foi lá que os alemães comemoraram a queda do muro, a 9 de agosto de 1989.


























quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

"Filhos do Éden: Anjos da Morte" chegou às livrarias; confira datas e locais das sessões de autógrafos pelo país


Chegou oficialmente às livrarias de todo o Brasil nesta quarta-feira, 8 de maio, o meu mais novo romance - "Filhos do Éden: Anjos da Morte". Caso você não encontre na loja mais próxima à sua casa, converse com o gerente. É também possível comprar online através dos seguintes links:

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» O livro está também disponível na Livraria Cultura

O Submarino está com um descontão exclusivo para o link do Jovem Nerd, de R$ 39,90 para R$ 29,90. Já a Saraiva não dá desconto na compra, mas está disponibilizando uma bela camiseta promocional de brinde.

Compartilhem nas suas redes sociais e avisem aos amigos!

Leia os primeiros capítulos de graça. Em comemoração ao lançamento, a editora liberou o PDF com os dois primeiros capítulos do livro. Baixe para o seu computador ou leia online, aqui.

Sessões de autógrafos pelo Brasil. Já confirmei a minha visita a várias cidades do Sul e Sudeste. Logo fecharei as datas para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Clique aqui para conferir a minha agenda completa até agora. Espero poder vê-los em breve :-)

Da esquerda para a direita: Sophia, Denyel (como soldado em Paris, em 1944), Zac e Ismael. Arte: Andrés Ramos.

Imagino que muitos já saibam, mas não custa lembrar. Neste romance, o segundo da série “Filhos do Éden”, regressamos ao passado para contar a história de Denyel, um dos querubins exilados, e sua trajetória junto ao esquadrão dos anjos da morte, desde a invasão das tropas aliadas à Europa, durante a Segunda Guerra Mundial, à queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989.

Confira abaixo algumas imagens e mais detalhes do enredo.

A TRAMA

Quando o século XX raiou, o tecido da realidade, a barreira mística que separa os mundos físico e espiritual, adensou-se. Os novos meios de transporte, as ferrovias e os barcos a vapor levaram o progresso aos cantos mais distantes do globo, pervertendo os nódulos mágicos, afastando os mortais da natureza divina, alargando as fronteiras entre o nosso mundo e as sete camadas do céu. 

» Escute o NerdCast 362, sobre "Anjos da Morte", e confira os áudio dramas
» Confira os filmes que inspiraram "Filhos do Éden: Anjos da Morte"
» Conheça (e escute) as músicas que serão comentadas no livro
» Baixe de graça os mapas de guerra que estarão no livro (em .pdf) 

Isolados no paraíso, incapazes agora de enxergar o planeta, os malakins, responsáveis por estudar os movimentos do cosmo, solicitaram a ajuda dos “exilados”, anjos pacíficos, que há anos atuavam na terra. Sua tarefa, a partir de agora, seria participar das guerras humanas, de todas as guerras, para anotar as façanhas militares, o comportamento das tropas, e depois relatá-las aos seus superiores alados.

Disfarçados de soldados comuns, esse grupo esteve presente desde as praias da Normandia aos campos de extermínio nazistas, das selvas da Indochina ao declínio da União Soviética. Embora muitos não desejassem matar, era isso o que lhes foi ordenado, e o que infelizmente acabaram fazendo.

Vultos. Terríveis espectros de ódio, capazes de devorar não apenas o corpo, mas a alma de suas vítimas. Arte: Andrés Ramos.

» Curta a página de “Filhos do Éden” no Facebook
» Compre “Herdeiros de Atlântida” pelo link do JN
» Adicione "Anjos da Morte" à sua estante no Skoob

“Filhos do Éden: Anjos da Morte” se passa no mesmo universo dos meus livros anteriores, mas o cenário, agora, são as guerras modernas e as lendas que delas surgiram, as sociedades secretas, a bruxaria nazista, os experimentos psíquicos conduzidos pelos agentes da ex-União Soviética, a disputa das superpotências pela arma do juízo final.


Primeiros estudos de capa, feitos pelo artista Stephan Stoliting.

Mas nem só de espoleta é feito este tomo. No ínterim entre as aventuras de Denyel, saltaremos ao futuro para acompanhar a jornada de Kaira, Urakin e Ismael, um novo personagem que se junta ao coro, e sua missão para resgatar o amigo exilado, tragado pelo redemoinho cósmico do rio Oceanus, após a batalha na fortaleza de Athea (em “Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida”).

Para trazê-lo de volta, eles precisarão encontrar a colônia perdida de Egnias, a última das cidades atlânticas, desaparecida desde o dilúvio, e o afluente que, segundo os rumores, poderá levá-los ao exato local onde jaz o parceiro.

"CHARACTER-DRIVEN"

Diferentemente de “Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida” e de “A Batalha do Apocalipse”, o maior atrativo desta obra não está nos heróis invencíveis, nos golpes de espada ou em um grande desfecho, mas na atmosfera de intriga, espionagem e paranóia que se apodera de Denyel, obrigado a atuar como capanga dos malakins, a cometer assassinatos, a praticar caçadas, massacres e outros crimes de igual aspereza.

Yaga, chefe de operações de Denyel. Istambul, 1973. Arte: Andrés Ramos.

Com o avanço dos capítulos você perceberá, então, que este livro é um pouco diferente dos meus trabalhos pregressos. Pela primeira vez, tomei a decisão de construir o enredo com foco nos personagens e não em um determinado evento ou missão, um recurso que os americanos costumam chamar de “character-driven. O resultado é uma narrativa mais adulta e sombria, com uma forte carga dramática e voltada, sobretudo, para a psicologia de Denyel e seu gradual processo de corrupção.

O que importa, agora, não é o que se passa no mundo, mas a resposta do protagonista a tais episódios. O que acontece quando um soldado abandona os seus valores? O que ocorre quando um querubim contraria sua natureza de casta?

Beretta 1951, a arma dos anjos da morte. 

Frente a isso, "Anjos da Morte" se tornou (mesmo para mim) uma obra imprevisível em vários aspectos: eu sabia o que iria acontecer a cada página, só não sabia como. E quem determinou esse como foi o próprio Denyel ao longo da história, e não o roteiro que eu havia previamente traçado.

NOVIDADES

 Nikarath, outra criatura abissal presente no livro. Qualquer semelhança com Lovecraft não é mera coincidência. Arte: Andrés Ramos.

Continuarei a postar aqui no blog, no Facebook e no Twitter todas as novidades sobre “Anjos da Morte”, inclusive os desenhos do Andrés Ramos, o Amigo Imaginário do NerdCast, que está trabalhando nas artes conceituais.

Mais uma vez, obrigado a todos por me inspirarem, e por tornarem essa trajetória um pouco menos solitária. Espero que curtam essa nova aventura angélica :-)

 
Denyel. Operação Overlord. Por Andrés Ramos (@renderia)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Trilha sonora – conheça as músicas que aparecerão em “Filhos do Éden: Anjos da Morte”

Frequentemente me perguntam o motivo pelo qual escolho certas músicas para ilustrar os meus livros. Na maioria das vezes, não existe uma razão específica, para falar a verdade. Can’t Take my Eyes Off You foi utilizada em várias passagens de “Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida” simplesmente porque ela era (e ainda é) uma das canções mais conhecidas de todos os tempos, e eu precisava de uma melodia que as pessoas lessem e automaticamente a escutassem “tocando” no cérebro.

» Confira imagens, data de lançamento e mais detalhes sobre o livro
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» Assista os filmes que inspiraram "Filhos do Éden: Anjos da Morte"

Pesquisando para escrever “Filhos do Éden: Anjos da Morte”, uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o crescimento – ou eu deveria dizer, a “explosão” – da chamada cultura pop nos anos que se sucederam à Segunda Guerra Mundial. O rock n’ roll nasceu nos Estados Unidos, em fins dos anos 40, dando início a uma revolução musical que se alastraria pelo resto do globo. Os álbuns e as bandas (de rock e de outros estilos) passaram a determinar não apenas preferências, mas atitudes, sendo os grandes artistas verdadeiros líderes dessa nova geração que surgia.

Justamente por isso, e uma vez que eu tinha me proposto, desta vez, a abordar o século XX, era necessário dar um peso maior às canções desta vez. Para o caso de você querer conhecer mais sobre elas, fiz uma lista abaixo, incluindo um pequeno comentário a seguir.

Stardust. Composta originalmente pelo pianista Hoagy Carmichael em 1927, tornou-se popular nos Estados Unidos pós-depressão, sendo tocada em clubes e bares de jazz. A versão que aparece no livro é instrumental apenas (a letra seria adicionada mais tarde). Stardust é tida como uma das obras mais regravadas do século XX, com aproximadamente 1.500 gravações.



Blue Skies. Escrita em 1926 pelo compositor russo residente nos Estados Unidos Irving Berlin, é outro clássico americano. Mais animada que Stardust, apresenta acordes “dançantes”, o que costumava empolgavar as pessoas, especialmente as mulheres.



April in Paris. Os acordes foram concebidos em 1936 pelo compositor americano Vernon Duke e a letra escrita pelo também americano Yip Harburg, responsável pela trilha sonora de O Mágico de Oz. April in Paris foi primeiramente encomendada para o musical da Broadway intitulado Walk a Little Faster.



In the Mood. Provavelmente umas das “músicas de orquestra” mais aclamadas do planeta, o trabalho do jazzista Glenn Miller é algo que definitivamente resiste ao teste do tempo. O ritmo agitado convidava jovens e adultos às pistas de dança. Lançada em compacto (single) no ano de 1939, In The Mood virou uma espécie de “hino dançante” para os soldados aliados na guerra.



Hound Dog. Gravada originalmente em 1952 pela cantora de blues Big Mama Thornton, a música ficou eternizada na voz do “imortal” Elvis Presley, que a regravou em 1956 e a cantou no programa do apresentador de televisão Ed Sullivan. Reconhecida pela revista Rolling Stones como uma das 500 maiores canções de todos os tempos, Hound Dog (Cão de Caça, em português) era à época uma marca da juventude transviada.



Only You. Outra peça que é quase um sinônimo dos anos 50. Foi gravada pelo grupo The Platters, um dos mais populares conjuntos musicais da chamada “era do rock n’ roll”. Only You – tecnicamente batizada de Only You (and You Alone) – só foi desbancada por outra canção da mesma banda, The Great Pretender.



Break on Through (To the Other Side). A composição-chave que marcou o Vietnã foi na verdade Fortunate Son, da banda californiana Creedence Clearwater Revival, mas como o lançamento do compacto só aconteceria em 1969, quase um ano depois da data em que, no livro, Denyel chega à base de Da Nang, eu tive que escolher outra música para ilustrar a cena. Decidi então adotar Break on Through (To the Other Side), do álbum de estreia do The Doors, que chegaria ao mercado fonográfico em janeiro de 1968. Embora tenha feito pouco sucesso nas primeiras semanas, Break on Through conquistaria os ouvidos do público nos meses seguintes.



I Don't Know Why. Esta é a música que os soldados da companhia de Denyel escutam dentro do galpão da base de Da Nang, antes do ataque dos vietcongues, durante o feriado do Tet (capítulo 37). Clarence “Frogman” Henry a gravou em 1961, mas ainda com os acordes rockabilly característicos dos anos 50. Ficou mais conhecida nos nossos dias ao fazer parte da trilha sonora do filme Forrest Gump (1994), dirigido por Robert Zemeckis.



California Dreamin'. Outra canção nomeada pela revista Rolling Stone como uma das 500 melhores de todos os tempos. O grupo nova-iorquino The Mamas & the Papas gravou e lançou a balada em 1965, que posteriormente ganhou versões do The Beach Boys, The Carpeters, de George Benson e mais recentemente, do R.E.M.



Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Não só a música, mas o álbum homônimo dos Beatles é provavelmente uma das grandes obras de arte modernas. Sgt. Pepper's fez com que os quatro rapazes de Liverpool, antes vistos como animadores de uma bandinha pré-fabricada, ganhassem o respeito dos críticos. A capa do disco é curiosa e polêmica. Nela, estão estampadas figuras de celebridades, políticos, artistas e pessoas famosas – o barato na época era tentar reconhecer cada rosto. Uma dessas faces era do líder nazista Adolf Hitler, que acabou sendo excluída na versão final. Outra era do bruxo inglês Aleister Crowley, adotado como “guru” pelos hippies, considerado libertário por uns e satanista por outros.



Let's Stay Together. Esta canção embalou muitos corações apaixonados nos anos 70, dos drive-ins às discotecas. O cantor de soul americano Al Green a gravou em 1971 e a lançou em compacto. O álbum de mesmo nome saiu em 1972, alcançando astronômico sucesso. A música chegou ao primeiro lugar no ranking da revista especializada Billboard.



Superstition. Stevie Wonder escreveu, produziu e gravou essa música em 1972, que foi lançada em seguida pela Motown, a famosa gravadora norte-americana que revelou dezenas de artistas negros nos anos 70, incluindo Diana Ross e os Jackson Five (e depois, claro, Michael Jackson em sua carreira solo).



Blowin' in the Wind. Embora tenha sido escrita e originalmente cantada por Bob Dylan em seu álbum The Freewheelin' Bob Dylan, em 1963, a música ganhou projeção com a versão de Joan Baez, tornando-se, a partir de então, um tipo de grito de protesto a favor dos direitos civis nos EUA e contra a Guerra do Vietnã.



Nobody Does it Better.  Parte da trilha sonora original do filme O Espião que Me Amava, a 10ª aventura de James Bond no cinema, foi gravada pela cantora Carly Simon e lançada em 1977, junto com a estreia do longa-metragem. A música ficou por três semanas em segundo lugar na lista das 100 canções mais tocadas da Billboard americana e acabou inevitavelmente associada às peripécias do agente 007.

 
Can You Tell Me How to Get to Sesame Street?. Este foi por anos o tema do programa infantil Vila Sésamo. Quem o compôs foi o pianista Joe Raposo em 1969. Os acordes ficariam gravados na mente de muitas crianças dos anos 70 (inclusive na minha) para sempre.















terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ghost Writer #21: Um tributo a Nelson Rodrigues

Nesta edição do Ghost Writer, o apresentador Ricardo Herdy se junta ao convidado João Carlos Batista e a Victor Caparica, anfitrião do podcast Cego em Tiroteio, para bater um papo de bar sobre o polêmico Nelson Rodrigues.

» Para baixar ou escutar o programa, clique aqui

Dica: Para baixar o arquivo, desca até o pé da página e clique em "Download Episode".

Apresentado por:

:: Ricardo Herdy
:: Raphael Modena

Convidados:

:: João Carlos Batista
:: Victor Caparica

Links

:: Cego em Tiroteio

Programa GW

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domingo, 6 de janeiro de 2013

Confira uma lista de filmes para você já ir entrando no clima de “Anjos da Morte”

Ontem, conversando com algumas pessoas pelo Twitter, eis que a leitora Laura Hofmann (@laurahofmann) sugeriu que eu montasse um post indicando alguns filmes utilizados com parte do processo de pesquisa de “Filhos do Éden - Anjos da Morte, o meu próximo livro, a ser lançado entre o fins de março e o começo de abril (saiba mais).

Achei a ideia divertida, até porquê, como já declarei algumas vezes, esta nova aventura se passará ao longo do século XX, e naturalmente eu usei MUITOS filmes como referência visual. Segue abaixo, então, uma listinha com esses longa metragens que tanto me ajudaram. Espero que vocês curtam também ;-)

REFERÊNCIAS INDIRETAS

É fato. Sempre acontece de aparecer certos filmes que nos inspiram, embora não estejam diretamente ligados à temática (ou à época) da obra que estamos criando. Este é o óbvio caso de “O Poderoso Chefão”. O lento e gradual processo de corrupção de Michael Corleone me ajudou a construir a curva de degradação de Denyel, e me fez entender que o declino moral de uma pessoa não é algo que acontece do dia para a noite - ele se apresenta aos poucos, se anuncia em pequenos sintomas.

Para obter um retrato mais amplo do século XX, eu recomendo que vocês vejam (ou revejam) dois filmes divertidíssimos: “O Curioso Caso de Benjamin Button” e “Forrest Gump”. O primeiro é mais melancólico e o segundo, mais engraçado. O interessante é que os dois se completam. A história de “Benjamin Button” começa nos anos 20 e vai até os anos 70. “Forrest” tem início nos anos 50 e segue até a década de 90.


Outra referência indireta é a chamada trilogia do dólar (“Por Um Punhado de Dólares”, “Por Uns Dólares a Mais” e “O Bom, o Mal e o Feio”). No livro, Denyel é fã de Clint Eastwood, e esses contos de faroeste o ajudam a moldar sua personalidade na terra. Pode ser uma boa dica para entender mais a mente e os trejeitos do personagem principal, suas atitudes e decisões.

REFERÊNCIAS DIRETAS

Parte I: GUERRA TOTAL (1944-1945)

“Anjos da Morte” é dividido em três partes. A primeira, intitulada “Guerra Total”, se passa na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial. Os filmes são muitos. Vamos a alguns:



O Resgate do Soldado Ryan”: básico dos básicos. Não viu ainda?

Band of Brothers”: a série da HBO. Simplesmente o melhor documento visual que já foi produzido sobre a WWII.

A Queda: As Últimas Horas de Hitler”: Filmaço. Uma visão clara e sóbria sobre a queda do III Reich. Produção alemã.

Patton: Rebelde ou Herói?”: faturou sete Oscars em 1970, incluindo o de melhor filme. Por ser antigo, tem o ritmo lento, mas é muito bom. Alguns o consideram como o último verdadeiro épico de Hollywood.

O Mais Longo dos Dias”: mesma coisa que “Patton”. Excelente, mas é preciso assistir com bastante paciência, com a mente dos anos 60.



Cruz de Ferro”: obra-prima do mestre Sam Peckinpah. Uma das poucas películas faladas em inglês que mostra o lado alemão do front.

O Desafio das Águias”: na boa, eu ADORO essa budega. Gravado em 1968, mas passa FÁCIL na regra dos 15 anos. É na realidade uma história de espionagem que tem como plano de fundo a Segunda Guerra Mundial. Imperdível.

Parte II: ANOS DOURADOS (1956-1968)

A segunda parte de “Anjos da Morte” transcorre quase toda nos anos 60, mais especialmente durante a Guerra do Vietnã, mas começa com um pequeno trecho ambientado em 1956. Os filmes que abordam essa época são os seguintes.



Cine Majestic”: isso mesmo, aquele meio cômico com Jim Carrey. Capta completamente o clima da caça às bruxas que se instaurou nos Estados Unidos da década de 50, o chamado “Macarthismo”. Uma obra belíssima e emocionante.

Nascido para Matar”: nada, absolutamente NADA define melhor o Vietnã (e a própria natureza das guerras em geral) quanto esta película dirigida pelo gênio Stanley Kubrick.

Apocalipse Now”: outro clássico do Vietnã. Must see.

Platoon”: recheado de pancadaria e questões políticas. Vale muito a pena.

Nascido em 4 de Julho”: o bacana deste filme é que ele aborda também os anos 50 e como era a vida das cidadãos americanos no pós-guerra.

Dr. Fantástico”: Estreado em 1964, essa peça de humor negro nos coloca dentro da atmosfera de paranóia da Guerra Fria.


Fomos Heróis”: Sinceramente falando, não é um grande filme. Mas sob o aspecto histórico é bem interessante. Destaca uma fase da Guerra do Vietnã que poucos conhecem, ou seja, a fase inicial. Os eventos se passam em novembro de 1965.

O Sobrevivente”: com o Christian Bale. Mostra também a fase inicial do conflito na Indochina. O protagonista tem o seu caça abatido e se torna prisioneiro nas selvas do Laos, em 1966.

Parte III: TEMPORADA DE CAÇA (1971-1989)

Neste ponto, por razões que você descobrirá ao longo da leitura, “Anjos da Morte” começa a se tornar basicamente um livro de assassinato e espionagem, bem ao estilo das obras que costumavam dominar o painel da cultura pop nos anos 70. Alguns longas incluem:



Munique”: este é um filme basilar para se entender as ações terroristas e contra-terroristas nos anos 70. Deriva do livro “A Hora da Vingança”, de George Jonas, que é baseado em fatos reais, decorridos após o massacre das olimpíadas de Munique, em 1972.

Sword of Gideon”: foi minissérie de TV nos anos 80 e conta a mesmíssima historia apresentada por Spielberg em “Munique” (e por Jonas em “A Hora da Vingança”). Dá para encontrar o DVD na Amazon americana.

Moscou contra 007”: a locação, Istambul, é também um dos cenários apresentados em “Anjos da Morte”, e serve como uma ótima referência visual.

Os Diamantes São Eternos”: aqui a aventura de James Bond se passa (inicialmente) em Amsterdã, outro cenário usado no livro.

O Espião Que Me Amava”: de 1977. Para mim é o melhor filme do agente britânico. Você entenderá o motivo quando ler.


Nikita”: mais um excelente filme de espionagem europeu. A personagem, cheia de conflitos internos, é bem diferente dos super-espiões de Hollywood.

O Dia do Chacal”: procure pela produção franco-britânica de 1973. NEM PASSE perto da versão dos anos 90, com o Bruce Willis, que é escabrosa.

UFA. Por ora, acho que é isso. Espero que vocês apreciem esta singela seleção e se divirtam com ela. São todos ótimos filmes, super recomendados.

Continuarei a avisar aqui pelo blog, pelo meu Twitter e pelo Facebook sobre as novidades acerca de “Anjos da Morte”. Caso você tenha interesse, faça o cadastro do seu email aqui, que eu te escrevo assim que a obra sair.

Aproveito para desejar a todos um feliz 2013, cheio de paz, saúde e realizações =)