Confirmada para este sábado, 26/12, a sessão de autógrafos do livro “A Batalha do Apocalipse” no Rio de Janeiro. O evento acontecerá de 18h – 22h no Brothers Hostel, o albergue gerenciado pelo nosso alienígena Afonso Tresdê.
Infelizmente NÃO venderemos livros lá, portanto, tragam os seus exemplares. Quem não conseguiu comprar, apareça para nos conhecer. Além de mim, haverá as presenças ilustres de Jovem Nerd, Azaghal, Senhora Jovem Nerd, Portuguesa, Bluehand e, é claro, do próprio Afonso Tresdê.
São Paulo – Paulistas, fiquem ligados. Além dos autógrafos e do painel já confirmados na Campus Party 2010, no dia 26/01, estamos armando uma sessão FORA da #cparty. Avisaremos pelo meu Twitter (@eduardospohr) e pelo NerdCast.
Tenho recebido muitos emails, tweets e mensagens diretas de leitores confusos com o final de “A Batalha do Apocalipse”, então reproduzo aqui o texto que costumo enviar em resposta. Fiquem à vontade para debater nos comentários. Ah, e CUIDADO! Não continue se você ainda não terminou de ler ABdA. A seguir, puro SPOILER.
"ATÉ QUANDO ELES VOLTARAM A RODA DO TEMPO?"
Para entender o desfecho de "A Batalha do Apocalipse", é preciso, antes, compreender a questão do livre-arbítrio, tema que é colocado intensamente nas três partes. O romance fala sobre essa ideia de que somos nós que construímos o nosso destino, da primeira à última página. O diálogo entre Ablon e Gabriel, em especial, é o mais significativo neste ponto.
Assim, tentei fazer, no final, algo coerente. A história fecha, mas deixa a bola nas nossas mãos, seres humanos, que somos os únicos com o poder de mudar o mundo. Essa é a mensagem do livro em branco, no final. Cada um constrói o seu próprio caminho. Se não houvesse aquele final, a obra toda simplesmente não teria sentido.
Dar uma resposta clara seria contrariar o que foi exposto durante toda a narrativa. Gabriel diz a Ablon que homens e anjos se alimentam da utopia que seria a existência de Deus, enquanto Deus está, na verdade, dentro de nós. Só nós mesmos podemos reger o nosso futuro. Às vezes isso irrita. Às vezes é desagradável, em nossas vidas, sermos obrigados a fazer certas escolhas. Mas é assim que a vida é.
Da mesma forma, eu, como autor, não podia dar essa resposta. Cada leitor que deve encontrá-la. Este é o simbolismo do epílogo de "A Batalha do Apocalipse".
Por um lado, deixar um final em aberto gera estranheza e revolta; por outro, dá ao leitor a possibilidade de criar seu (s) próprio (s) final (is) e interagir mais com esse universo.
CONFUSO AINDA? Entre no nosso grupo secreto de spoilers no Facebook, clicando aqui, e troque ideia com a galera por lá.
Bandeira israelense hasteada em assentamentos na Cisjordânia. Foto: Reuters
A publicação do NerdCast 191: Os santos pecados das Cruzadas, nesta sexta-feira, despertou o interesse de alguns dos meus seguidores no Twitter para conhecer mais sobre a história da Terra Santa.
Batendo papo com o ilustrador Leandro Caracciolo, lembrei que eu havia feito, em 2002, minha monografia de final de curso (Jornalismo) justamente sobre a história do Oriente Médio e a gênese do conflito árabe-israelense.
Para quem gosta do tema, o trabalho, apesar de simplório, pode ser uma boa introdução para entender porque Jerusalém sempre foi, e talvez sempre será, o barril de pólvora do mundo.
Advertência: Este texto acadêmico baseia-se em fatos ocorridos até o ano de 2001. Muitos outros acontecimentos e perspectivas para a região já foram alterados até a presente data.
Já está disponível para download gratuito a versão 0.2 do RPG inspirado no romance “A Batalha do Apocalipse – Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo”.
Ainda está em processo de desenvolvimento o livro II: Cenário, onde jogadores e mestres conhecerão mais sobre a história do universo ABdA, conflitos, antagonistas, eventos cósmicos, conspirações, itens místicos, planos de existência, personagens e idéias para aventuras / campanhas.
Campus Party: Confirmada a mesa de jogo na Campus Party 2010. Falando de forma realista, acho improvável que todos consigam participar. Sugestões de organização são bem-vindas. Se alguma outra pessoa se dispor a mestrar, seria ótimo, porque assim poderíamos abrir várias mesas.
Importante: As regras de ABdA RPG ainda necessitam de mais testes. Portanto, quem tiver contribuições, pode postar aqui mesmo nos comentários ou me enviar por email. Este é um livro gratuito e participativo. Sintam-se à vontade para sugerir acréscimos ou alterações.
Ganhe um ingresso para a #cparty:Clique aqui e participe da promoção do blog "O Nerd Escritor". Você pode faturar uma entrada grátis!
O editor do blog “O Nerd Escritor”, J.G. Valério (aka The Gunslinger), enlouqueceu de vez. Ele decidiu sortear um ingresso para a Campus Party 2010, o maior evento nerd do Brasil.
Para quem não sabe, o blog “O Nerd Escritor” é um dos principais pontos de encontro da galera que curte escrever contos, crônicas, poesias e histórias de todos os tipos. Se você tem uma idéia na cabeça mas não sabe onde publicar, o ONE é o lugar!
Mas o que isso tem a ver comigo? Por que decidi divulgar esta ação com tanto destaque? Acontece que o Gunslinger me propôs usar “A Batalha do Apocalipse” como inspiração para a promoção.
Funciona assim - você envia para ele uma foto sua lendo ABdA. A foto mais nerd ganha o ingresso para a #cparty.
Por que “clima épico”? Pouco depois do encerramento das apresentações dos trabalhos finais, toda a sala foi mergulhada nas trevas: era o apagão (ou backout) de Itaipu, que deixou grande parte do país em obscuridade total!
"Ventre da Baleia" - Fomos salvos pelas luzes dos celulares dos alunos, especialmente pelo Samsung Galaxy do Nick Ellis, dotado de uma lanterna poderosíssima que nos guiou através das escadas da faculdade, tal qual uma trupe de aventureiros esgueirando-se pelos corredores de um calabouço subterrâneo.
TRABALHOS FINAIS
Foi muito gratificante ver que todos conseguiram captar a essência da Jornada do Herói e aplicá-la em suas histórias. Muitos chegaram ao curso totalmente perdidos e conseguiram, após teoria e exercícios, dar uma direção às suas criações.
No trabalho final, os alunos apresentaram suas histórias, construídas a partir das 12 etapas da Jornada. Os personagens também deveriam ser encaixados nos 7 arquétipos básicos.
Trilhando o caminho - Logicamente, agora, terminado o curso, ninguém mais precisará ficar preso à fórmula. A Jornada é uma base, uma fundação segura para você estruturar sua obra e dar uma direção a ela – sem correr o risco de se perder no caminho.
UMA TURMA DE NERDS
Outro grande presente deste curso foram as pessoas maravilhosas que conheci. Conseguimos encher a sala de nerds, de gente que fala e entende a nossa língua. Todo o processo foi muito enriquecedor, profissionalmente e pessoalmente.
Perfis dos alunosque têm Twitter -Rafael Castro (madfafe), Nick Ellis (nickellis), Alan Barcelos (alnbarcelos), Tarcisio Rosa (tarcisiorosa), Bruno Pacheco (scOOby_Pacheco), Rafael Luppi (rafaelluppi), Fernando Ribas (fribas), David Nery (davidnery), Vanessa Amaral (vanessitcha), Rogério Alves (rog_alv) e Nathalia Macedo (NathyPride).
NOVAS TURMAS
A próxima turma já está confirmada e começa no dia 06/03/2010. Pensamos em abrir um intensivo antes, mas as datas iriam embolar com as festas de fim de ano, então ficou para março mesmo.
As aulas acontecerão ao longo de 6 sábados, de 14h às 18h, novamente na FACHA, campus Botafogo (Rua da Matriz, 49). O valor é R$ 320, mas você pode dividir em duas vezes de R$ 160.
Inscreva-se - Se você quiser participar, é essencial fazer logo a inscrição (clique aqui). São ao todo 20 vagas e já temos 10 inscritos. Naturalmente, você não precisa pagar agora, mas é importante cadastrar o seu nome no sistema. Assim você garante o seu lugar e nós teremos o seu email, para informar os detalhes mais à frente.
O QUE VOCÊ VAI APRENDER?
Se você tem uma idéia para um livro ou roteiro de quadrinho, cinema ou game, mas não sabe estruturar sua história, o curso vai ensiná-lo a desenvolver todas as etapas da obra, juntamente com os personagens. Além disso, abordaremos conceitos sobre mitologia, religião, filosofia e antropologia.
Campbell, Freud e Jung: nossos "heróis".
Teoria + análise + prática - Na fase teórica, aprenderemos sobre os arquétipos de Carl Jung e a Jornada do Herói de Joseph Campbell – e como isso se reflete nas nossas vidas e na arte de contar histórias. Na fase analítica, assistiremos e discutiremos filmes cinco icônicos: “Gladiador”, “Matrix”, “Star Wars”, “O Senhor dos Anéis” e “Cidade de Deus”. Então, na etapa prática, o aluno fará exercícios e, na última aula, apresentará seu trabalho.
Não recuse o chamado para esta aventura! Vejo vocês em março :-)
Foi lançado nesta quarta-feira, 11, no Brasil, o DVD oficial da 5ª temporada de “Lost”.
Se você é um maluco como eu, que esperou esse tempo todo para assistir à série, já pode comprar aqui.
Aproveito para deixar registrado o meu protesto. É um absurdo uma série exibida no início do ano só ser vendida ao público brasileiro em novembro! Disney Home Vídeo #fail total! #Epicfail!!!
Por que eu não baixei? Simplesmente porque tenho uma mania muito doida. Não consigo ver “Lost” mais de uma vez. Acho que perde a graça quando você já sabe o que vai acontecer.
Enfim vou poder conhecer o famoso Jacob e saber o que ele anda aprontando na ilha. Ou não ;-)
Em primeiro lugar, já me desculpo pela falta de atualização deste blog. Como vocês devem ter notado, foi por um bom motivo. Estas últimas semanas estivemos atarefados com o relançamento de “A Batalha do Apocalipse”. Sei que já disse isso, mas prometo me disciplinar e blogar com mais freqüência.
Bom, se você está lendo este post, provavelmente já conhece alguma coisa sobre “A Batalha do Apocalipse”, comprou ou pretende comprar (ou não). Preparei este texto como algumas orientações úteis para tornar a sua leitura muito mais agradável. Fiquem tranqüilos e podem ler até o final porque NÃO contém spoilers.
CUIDADO COM A EXPECTATIVA!
Expectativa é um problema e estraga qualquer bom filme ou livro. Como “A Batalha” ficou muito tempo fora do mercado (quase dois anos) é natural que cada um tenha a sua própria idéia sobre o romance.
Lembre-se de que uma obra nunca é exatamente igual à imagem que você idealizou. Pode ser melhor, pode ser pior... tudo vai depender do seu nível de expectativa.
Portanto, por mais que eu goste do livro, sempre aconselho as pessoas a iniciar a leitura com a cabeça aberta e sem preconceitos. Quanto mais neutro você for, mais chance terá de gostar.
MODO TOLKIEN “ON”
Como assim? Eu, querendo me comparar ao grande mestre J.R.R Tolkien? Claro que não! O que quero dizer é que existem dois tipos de livros - os romances de leitura rápida (“Harry Potter”, “Código Da Vinci”, etc) e aqueles mais densos, como “Senhor dos Anéis” e “Duna”, que devem ser digeridos de forma mais concentrada.
Miguel, Ablon, Lúcifer e Apollyon. Arte: Harald Stricker
Sinceramente, acho que os dois estilos têm seu lugar. Pessoalmente, adorei poder devorar “Código Da Vinci” em uma única viagem de avião, e também amei deglutir “O Senhor dos Anéis” lentamente, passando dois meses da minha vida envolvido naquele maravilhoso universo.
“A Batalha do Apocalipse” é um livro denso. Na verdade, ele nem é assim tão longo (560 páginas), mas há muitos personagens, descrições e conceitos. Por isso, eu o aconselho a apreciá-lo sem pressa. Se você quiser ler tudo numa tacada, é provável que perca o fôlego e deixe escapar muitos detalhes e subtramas interessantes.
QUESTÕES HUMANAS
Apesar dos personagens centrais de ABdA serem anjos e demônios, este é um livro sobre questões humanas – como, aliás, acho que todas as obras deveriam ser.
A batalha do Armagedon, propriamente dita, só acontece no final. Grande parte do livro se passa na Terra, e é uma viagem pela História humana.
Nota histórica - Compreenda que este é um livro de FANTASIA, e não um romance histórico. É claro que eu fiz uma pesquisa bem apurada sobre lugares e povos, mas não me prendi religiosamente aos fatos.
Thor nos quadrinhos: linguagem épica e rebuscada
Fantasia-gótica - E, falando em fantasia, repito que ABdA está muito mais próximo aos romances fantásticos do que aos mundos de horror-gótico habitados por zumbis e vampiros, como nas séries de Anne Rice, por exemplo (que, por sinal, adoro).
LINGUAGEM REBUSCADA?
Já na época da primeira tiragem, recebi críticas construtivas sobre o excesso de palavras e termos desconhecidos usados no texto.
De fato, muitos eram desnecessários, e foram cortados na nova versão. Outros eu mantive, por uma razão: acredito que isso ajuda a criar um clima épico, nos afastando um pouco da nossa realidade cotidiana e nos inserindo em uma realidade fantástica. Era essa a sensação que eu tinha ao ler os quadrinhos do Thor, cujos personagens eram mais prolixos em suas falas.
Alguns livros portugueses que "salvaram" a minha adolescência
Português de Portugal - Outra informação, de bastidores. Sempre fui vidrado em ficção-científica e fantasia. Na minha época, lá pelos idos dos anos 80, as livrarias não eram como hoje. Quase não havia títulos fantásticos e, como eu não lia em inglês, minha salvação estava nos livros portugueses. A livraria Malasartes, no Rio, importava exemplares pocket book de Lisboa, com coleções como “Battlestar Galactica” e “Dragonlance”.
Talvez o fato de eu passar toda a minha adolescência consumindo romances escritos em português de Portugal possa ter influenciado o meu estilo. Talvez não...
RITMO
“A Batalha do Apocalipse” é recortado por uma série de flashbacks. Alguns deles são curtos; outros, muito longos. A minha sugestão é que você leia esses fragmentos como se fossem obras separadas – justamente porque cada trecho tem uma história própria, com começo, meio e fim. Sentido de urgência - O flashback da Parte 2, em especial, é o mais longo. Nele, há uma quebra de ritmo se comparado à estrutura central do livro, do sentido de urgência observado na linha de tempo padrão. Isso é proposital e foi construído com um motivo, que será revelado na conclusão da história. Parodiando “Lost”: everything is connected”.
ACABEI DE LER, E AGORA?
Quando você terminar o romance, três coisas lógicas podem acontecer: você gostar, você não gostar ou achar regular. Em cada um dos casos, entendam o valor das suas opiniões, ainda mais hoje, na era dos blogs e das redes sociais.
Ablon. Arte de Andrés Ramos (o "Amigo Imagiário)
Aproveitem esta facilidade de comunicação que temos com a internet para me escrever, com críticas e sugestões. Novos projetos - Se você não curtir o livro, saiba que muitos comentários feitos por quem leu a primeira tiragem me ajudaram a corrigir erros e melhorar a nova edição. Se você gostou e deseja ver novos projetos, envie sugestões.
Em todos os casos, espero sinceramente que apreciem a leitura. Esta obra foi feita para vocês e só retornou à NerdStore por conta do grande número de pedidos que recebemos.
Agora, o selo NerdBooks chega com a proposta de trazer mais títulos adequados ao nosso público. Desejem-nos sorte :-)
Na quinta-feira, 1º, fui convidado pela Agência Frog a assistir ao musical “O Despertar da Primavera”, em cartaz no Teatro Villa-Lobos, no Rio. Embora já tivesse visto, aceitei o convite para conferir novamente a apresentação.
Você já ouviu falar da peça? Não? Então conheça. Sim? Então leia abaixo a minha opinião.
O QUE É?
“O Despertar da Primavera” foi escrita em 1891 pelo alemão Frank Wedekind, no formato de peça teatral. Encenada no princípio do século XX, foi repetidamente censurada, até ser finalmente apresentada integralmente em Londres, em 1974. O texto foi adaptado para musical e estreou na Broadway em 2006, ganhando oito prêmios Tony no ano de 2007.
Frank Wedekind (1864 - 1918)
A trama é polêmica – não à toa foi vetada em muitos teatros onde foi encenada, durante a primeira metade do século XX. Temas como masturbação, aborto, estupro, pedofilia e suicídio estão em pauta.
Em resumo, a obra fala sobre um grupo de adolescentes e suas primeiras descobertas sexuais. O cenário: uma escola da Alemanha, no final do século XIX.
NO BRASIL
A dupla Charles Möeller e Claudio Botelho foi responsável por transportar a montagem ao Brasil. De cara, isso já me deixou animado. Para quem não sabe, eles trouxeram ao Rio o espetáculo “A Noviça Rebelde”, que eu considero um marco na história dos musicais no país.
Rodrigo Pantolfo e Letícia Colin.
Assim como “A Noviça”, “O Despertar da Primavera” reúne produção e elenco impressionantes. Na verdade, eu usaria uma palavra mais forte: são inacreditáveis – porque foi justamente essa sensação que eu tive ao assistir os dois espetáculos.
Não-réplica - A versão nacional de “Spring Awakening” (título em inglês) também tem o diferencial de ser a única no mundo a ter uma montagem original, inspirada mas não absolutamente copiada do original.
MÚSICAS E ELENCO
Além da produção, o grande trunfo de “O Despertar da Primavera” são os atores. Talentosos e disciplinados, atuam, cantam e dançam com desenvoltura ímpar. Disciplina é importante. Quem assiste a um espetáculo como esse muitas vezes não tem idéia de tudo o que aconteceu até o dia da estreia. Uma peça marcada e bem coreografada requer meses de ensaio – por isso, não basta ter talento.
Revelações - Alguns jovens em cena são mais conhecidos da grande mídia, como Letícia Colin (“TV Globinho”, “Malhação”), Malu Rodrigues (“O Pequeno Alquimista”, “Didi Quer Ser Criança”) e Thiago Amaral (“Capitu”, “Meu Tio Matou um Cara”). Outros são revelações, como Rodrigo Pandolfo, Felipe de Carlois e Laura Lobo.
DC Comics ruleZ - Aos nerds, uma curiosidade. O protagonista, Pierre Baitelli, de 25 anos, que interpreta o jovem Melchior, é a figura encarnada do Coringa, inimigo de Batman. Para mim, ele se encaixaria no semblante do vilão ainda melhor do que o falecido Heath Ledger – e talento não falta.
Pierre Baitelli: o nome para substituir Heath Ledger no papel de Coringa.
Clima - A adaptação também foi feliz nas canções. A performance de atores e orquestra neste particular cria, dentro do teatro, uma atmosfera poderosa e contagiante. É precisamente este o espírito dos grandes musicais que, espero eu, comecem a se multiplicar no Brasil.
POLÊMICA: SENSUALIDADE OU VULGARIDADE?
É fácil entender o motivo de “O Despertar da Primavera” ter sido censurado por vários anos. O espetáculo contém polêmicas cenas de sexo e suicídio, e o grande desafio da direção era torná-las aprazíveis ao público. Isso é possível? É!
Na verdade, este é o grande pulo do gato do artista: saber comunicar uma determinada mensagem aos espectadores (mesmo que forte) com bom gosto e sutileza – afinal, a platéia deve ser entretida, não constrangida. Aqui, a linha entre sensualidade e vulgaridade é muito tênue.
Princípio do choque - Neste particular, a montagem nacional de “O Despertar da Primavera” perde a mão. Particularmente, eu nunca fui muito a favor do “princípio do choque” na arte, ou seja, a arte feita para impressionar. Acho que o artista verdadeiramente talentoso não precisa chocar para ter sua obra repercutida: ele precisa emocionar.
Não que “O Despertar da Primavera” não emocione. Mas diferentemente da versão da Broadway, onde as fortes cenas de sexo assumem um caráter outrora sensual, outrora cômico, no Brasil elas se tornaram agressivas (assista aos vídeos no final do post). São pequenos detalhes que fazem toda a diferença.
Explícito - A questão não é moral, e sim artística. A arte não é aquilo que é mostrado, mas aquilo que é entendido. A arte não está nas formas de uma obra, mas na maneira que interpretamos ela. Portanto, cenas explícitas devem ser usadas QUANDO essenciais à trama, e não COMO essenciais à trama.
Teste de elenco.
VALE A PENA ASSISTIR?
Estive pela primeira vez em Nova York no início da década de 80, onde fiquei hospedado nos subúrbios da cidade, numa pacata vizinhança de casas de classe média conhecida comoBronxville. Era inverno. A neve caía sem parar e a única coisa que eu e meus irmãos pensávamos era construir bonecos de neve a jogar videogame.
Neste inverno, acredite, perdi todas as oportunidades de tomar um trem e conhecer Manhattan. Dez anos depois, arrependido, retornei à Big Apple e aproveitei de montão, inclusive indo a todos os espetáculos Broadway e off-Broadway que tinha direito.
Só quem já esteve lá sabe o tipo de magia que acompanha essas produções. E é justamente isso que precisa ser incentivado no Brasil.
Para facilitar o acesso aos jovens, a peça deu início a uma promoção em que espectadores entre 15 e 22 anos pagam apenas R$ 15, todas as quintas-feiras. Para uma produção como essa, o ingresso é praticamente simbólico. Veja mais detalhes aqui.
Acreditem ou não: agora eu sou professor universitário. Isso mesmo! No dia 13 de outubro, na FACHA de Botafogo, começa o meu curso “Estrutura Literária - A Jornada do Herói no Cinema e na Literatura”, com duração de um mês.
Teoria - A idéia é ser um guia para aqueles que desejam aprender a criar histórias segundo a famosa “fórmula” da Jornada do Herói, proposta pelo mitólogo Joseph Campbell, que influenciou toda a indústria do entretenimento no mundo.
Análise - Além das aulas expositivas, vamos também analisar cinco filmes icônicos, cujas narrativas completam o ciclo da jornada do herói em momentos diferentes da história da humanidade: “Gladiador”, “Senhor dos Anéis”, “Guerra nas Estrelas”, “Matrix” e “Cidade de Deus”.
Etapa prática - Por fim, o aluno produzirá um “esqueleto” de uma história para a mídia à sua escolha (romance, filme, HQ ou peça teatral), seguido os padrões da jornada, com personagens arquetípicos da trajetória universal.
Fernando Barone, de São Paulo (SP), Ellen Fiscina, de Alagoinhas (BA) e Rodrigo Tatekawa de Camargo, também de Sampa, foram os autores das sinopses vencedoras e faturaram exemplares autografados do livro “A Batalha do Apocalipse”. Coloquei os textos logo abaixo, para quem quiser ler.
Agora, muito importante: se a sua história não foi selecionada, não fique triste. Recebi exatamente 287 sinopses. Dessas, pelo menos 50 estavam incríveis, dignas de serem publicadas na contra-capa de um livro sem necessidade de edição.
"Flood" de emails nas últimas horas da promoção.
Escute o áudio - Para entender porquê eu separei os trabalhos de Fernando, Ellen e Rodrigo, escute o arquivo em áudio, acima. E fica o conselho: os que não foram escolhidos não devem esmorecer – pelo contrário! Devem usar isso como estímulo para continuar em frente.
Portanto, faço um convite. Utilize este espaço como um canal livre para mostrar suas idéias. Publique sua sinopse nos comentários! O Blogspot suporta facilmente 700 caracteres.
Obrigado pela participação e fiquem ligados nas futuras promoções :-)
SINOPSES VENCEDORAS
Fernando Barone, São Paulo – SP
Título: “Sine die”
Sinopse: “Shilo” é um jovem que levava uma vida simples e reclusa, com pouco contato com a sociedade; poderia ser considerado um nerd no sentido mais puro da palavra. Porém, seus conceitos de realidade caem por terra quando ele descobre o verdadeiro motivo de seu desligamento: ele é o amigo imaginário de um garoto de 8 anos e agora precisa correr para encontrar o seu lugar no mundo do inconsciente coletivo antes que Lucca o esqueça e ele deixe de existir... para sempre.
Ellen Fiscina - Alagoinhas - BA
Título: "Ilusão"
Sinopse: Livros, videogame, filmes e internet formam todo o universo de Vicky. Seus amigos são personagens criados por ela mesma ou vindos da mente de seus escritores preferidos. Na escola, não se envolve com ninguém. Um dia, ela acorda e percebe que todos os seus amigos imaginários se tornaram reais, junto com seus maiores sonhos e pesadelos. Presa nesse universo irreal, Vicky precisa aprender a enfrentar a realidade, os medos e desafios para conseguir viver.
Rodrigo Tatekawa de Camargo - São Paulo - SP
Título:“As emoções das estrelas”
Sinopse: Em um futuro distante, a Terra foi conquistada por uma raça de seres que se alimentam de emoções. Expulsos de seu planeta natal, os sobreviventes da raça humana agora tentam desesperadamente retomar seu lar. Neste cenário, acompanhamos as aventuras de Hiroshi, um jovem explorador nascido nas colônias. Malandro e ganancioso, por mero acaso do destino ele se torna um herói da causa humana e se vê envolvido numa trama política que o coloca lutando uma guerra que não é sua.
Você nunca teve uma idéia para uma boa história? Não importa o gênero (drama, comédia, aventura) nem a mídia (livro, filme, quadrinhos, peça de teatro, conto, crônica).
Não fique tímido. Escreva uma sinopse da sua obra com no mínimo 400 e no máximo 700 caracteres (contando os espaços) e envie para eduardo.spohr@gmail.com com o título do assunto [ABdA – Promoção]”.
A promoção começa a valer às 12h do dia 08 de setembro (terça-feira) e se encerra às 23h59 do dia 16 de setembro (quarta-feira).
As três melhores sinopses ganharão, cada uma, um exemplar autografado do romance “A Batalha do Apocalipse”. Não há custo para o vencedor. Eu vou enviar o livro pelo correio para qualquer endereço, em qualquer parte do planeta Terra. Então, se você mora no exterior, não perca a oportunidade :-)
Mande também, na mensagem, o seu endereço físico, com CEP, para o caso de você vencer a promoção. Pode ficar tranqüilo que não vou divulgar para ninguém nem vender para empresas de mala direta hehehehehehe.
Cada nome / email pode concorrer com apenas uma sinopse. Então, se você tem várias histórias na cabeça, escolha a sua melhor.
Outra surpresa: Vou gravar um áudio comentando as sinopses vencedoras.
Confira o MODELO abaixo (usei 570 caracteres)
Título: “A Batalha do Apocalipse”
Sinopse: Há muitos anos, o Paraíso foi palco de um terrível levante. Anjos leais a Deus levantaram armas contra os poderosos arcanjos, que, onipotentes, corrompiam as ordens divinas. Derrotados, os rebeldes foram condenados a vagar pela Terra até o momento do Apocalipse. Mas eis que chega o Dia do Ajuste de Contas. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.
Dica: Para contar os caracteres de sua sinopse, no Word, selecione o texto, vá em Ferramentas >> Contar palavras.
Qualquer dúvida, poste um comentário que eu respondo. E não desanime! Você não precisa ser escritor para criar uma boa sinopse. Tente!
Demorou, mas saiu. Se ficou bom, eu não sei. Aí está o mp3 em que analiso os comentários do post anterior: “Para que servem os mitos”. Leia aqui.
O arquivo tem 22 minutos. Você pode escutar no próprio blog ou baixar para o seu computador. Só tome cuidado, porque o som está um pouco alto. Não se assuste. A dica é: reduza o volume do seu micro à metade antes de dar "play". Nas próximas vezes, com mais experiência em edição, prometo acertar.
De início, não me passava pela cabeça fazer um post exclusivo para esses comentários em áudio. Acho que eles poderiam entrar no corpo de um novo post. Mas como esta é a primeira vez que testo este recurso e eu nem sempre irei usá-lo, decidi dar mais destaque à atração.
Façam críticas e comentários. Aos poucos estou conhecendo o público que visita este blog. Por isso, é importante que vocês me contem suas preferências.
Prometo um novo post ainda no início da semana, com um assunto complemente diferente.
No post anterior, pegamos carona na erudição de Joseph Campbell para discutir como surgem os mitos. Hoje, continuaremos imersos nos ensinamentos do simbologista para entender:
PARA QUÊ SERVEM OS MITOS?
Já vimos que os mitos são conjuntos de metáforas e códigos usados para expressar, de forma simbólica, os mais profundos medos, conflitos e desejos humanos.
Símbolos e códigos existem justamente para serem decodificados. A grande jogada é que cada um decodifica à sua própria maneira. Isso é relevante porque o verdadeiro significado daquela mensagem transcende a palavra. O seu estado emocional, índole e personalidade vão determinar como a mensagem é traduzida.
Star Wars - O vilão é geralmente aquele que tomou as decisões erradas.
Guias de viagem - Os mitos servem como diários de viagem, que nos mostram os caminhos que outras pessoas percorreram para superar os inevitáveis traumas e triunfos da vida. Se você souber interpretar essas dicas, terá mais facilidade de lidar com suas próprias perdas e sucessos – e agir corretamente como um ser humano em sociedade.
HERÓIS COMO MODELOS
Você já se deparou com uma situação difícil que te fez lembrar uma cena de filme, ou um trecho de livro? Melhor: decisões ou ações tomadas por um personagem já te ajudaram a encontrar a solução para algum impasse?
Isso acontece comigo direto. Luke Skywalker foi um exemplo durante a minha adolescência; as decisões do capitão Kirk me auxiliaram a resolver problemas com a minha equipe de trabalho; Neo me ensinou que “eu escolho o meu próprio destino”.
Star Trek - Capitão Kirk na ponte da Enterprise: como liderar uma equipe
A idéia é essa - A função dos mitos é fornecer modelos às pessoas, apresentando situações que inevitavelmente surgirão em nossas vidas, e sugerindo soluções. Como o herói vai agir? O que ele vai fazer? Qual o ensinamento que podemos tirar disso? E o vilão? Como NÃO devemos agir e o que NÃO devemos fazer? Quais são as conseqüências?
MITOS HOJE
No passado, aqueles que compilavam e registravam os mitos eram geralmente os sacerdotes, xamãs ou místicos. É claro, já havia artistas, sempre houve, mas um mito não é simplesmente uma história: ele tem que estar perfeitamente sintonizado com os anseios da sociedade em questão.
Hoje, o curioso é que em muitos casos esse papel se inverte. Vários mitos, especialmente na religião, permanecem estáticos e ultrapassados – não se reinventaram aos novos tempos, e por isso perderam muito de sua capacidade de se comunicar com as novas gerações.
Gladiador - Guerreiros sobrevivem porque lutam unidos.
Por outro lado, as obras literárias e cinematográficas, em constante mudança e adaptação, por vezes tocam o público de forma ainda mais profunda, mesmo quando todos sabem que aquela é tão somente uma obra de ficção.
O que nos faz refletir - o que realmente vale? A veracidade do mito ou o significado da mensagem que ele passa?
O assunto deste finalzinho de semana na web foi a campanha do Club Social, proposta por uma agência de publicidade a alguns twitteiros do Brasil, que se comprometeram a anexar a tag #inconfundível a um de seus posts diários, indicando um link ou uma informação que julgavam ser interessante.
A polêmica começou na quarta-feira, quando o jornalista Mauricio Stycer, do iG, publicou uma matéria (leia aqui) acusando os twitteiros de promover o que chamou de “publicidade velada”. Para ele, seria antiético divulgar a campanha sem deixar claro que se tratava de uma ação ligada ao biscoito.
Sou jornalista, editor de um grande portal de notícias, além de blogueiro e twitteiro. Então, acho que entendo um pouco os dois lados, daí a vontade de escrever este post.
JOGANDO LIMPO
O Mauricio tem todo o direito de expressar a sua opinião. Como jornalista, eu defendo e sempre defenderei a liberdade de imprensa, e apóio quem a exercite. A única falha aí, acredito eu, foi a falta de uma apuração cautelosa dos fatos.
Bom, para quem não sabe, muitos daqueles que participaram da ação tiveram o cuidado de explicar, na primeira vez em que postaram a tag, que aquilo tratava-se de uma campanha publicitária. Só isso, ao meu ver, já desmonta todo o argumento de “publicidade velada”.
“Assim como a Baunilha (Bruna Calheiros, blogueira), deixamos claro desde o primeiro momento que estávamos divulgando a campanha do Club Social. Nosso primeiro post explicou isso. Jogamos limpo com os nossos seguidores”, explica Alexandre Ottoni, do site Jovem Nerd.
Mas, tudo bem. Como eu disse, o Mauricio Stycer está livre para concordar, discordar, comentar e criticar – até porque tratava-se de uma matéria opinativa.
Escolha de palavras - Ao ler o texto, me lembrei das minhas aulas de “Introdução ao Jornalismo”, na PUC, ministradas pelo professor e jornalista Israel Tabak (esse sim era inconfundível). Ele mostrava como a simples escolha de palavras pode influenciar todo um texto. Tabak usava o exemplo clássico de dois jornais que publicaram a mesma notícia sobre o Movimento Sem-Terra. O jornal #1 dizia: “MST ocupa fazenda”; o #2 avisava: “MST INVADE fazenda”.
Da mesma forma, é curioso ver como a escolha de palavras no texto do Maurício expõe sua opinião. Num trecho notório, ele diz: “Cada um tem a obrigação de escrever dois tweets por semana (...)”, enquanto poderia escrever: “Cada um tem o COMPROMISSO de escrever dois tweets por semana”. Muda tudo.
MINHA OPINIÃO
Pessoalmente, não vejo problema algum em um twitteiro usar sua imagem em uma campanha de comunicação. Se fosse assim, teríamos que condenar também todos os milhares de artistas e atletas que emprestam suas caras a comerciais de TV.
A questão da “publicidade velada”, cujo conceito, vale repetir, não concordo, também não me incomoda.
A internet deu aos consumidores o livre-arbítrio total de procurar, eles mesmos, seu conteúdo. Não é como antigamente, quando você tinha que engolir, toda a noite, 30 segundos de reclame dos Cobertores Paraíba, nos intervalos da novela das 8h. Na web, é o usuário que procura o conteúdo e, por conseqüência, absorve a publicidade de forma consciente.
Unfollow e block - Um exemplo. Se você segue a famosa Twittess, que aliás também é citada na matéria, está sujeito a receber um monte de propagandas e baboseiras. Mas se o cara gosta, bom pra ele. Se não gostar, é simples: dá unfollow ou block.
Portanto, acredito que, MESMO que tivesse havido uma publicidade velada, isso não seria passível de condenação ou muito menos de “denúncia”. Afinal, os maiores prejudicados seriam os próprios twitteiros, que estariam sujeitos a perder seguidores, leitores, admiradores ou como queiram chamar.
E, pelo visto, não foi o que aconteceu. A campanha deu certo, e o texto do Maurício teve o efeito óbvio de qualquer polêmica: acabou gerando ainda mais repercussão para a marca.
Pessoal, desculpem aí pelo off topic, afinal este blog geralmente se propõe a apresentar textos mais lúdicos: sobre cinema, literatura e filosofia. Mas concluí que o assunto era relevante a muitos de meus leitores.
Espero ter contribuído positivamente para a discussão.
Comercial dos Cobertores Paraíba - clássico reclame dos anos 60
Quem acompanha o NerdCast já deve ter ouvido eu falar várias vezes sobre a fascinante obra de Joseph Campbell.
O norte-americano Joseph Campbell (1904 – 1987) é considerado até hoje uma das maiores autoridades em religião comparada que já existiu. A famosa entrevista que ele deu ao jornalista Bill Moyers um ano antes de morrer – “O Poder do Mito” - acabou virando uma série para a TV e ajudou a difundir e popularizar o interesse por símbolos e mitologia.
Um dos mais aplicados alunos de Campbell foi o cineasta George Lucas, que usou os padrões da Jornada do Herói, sintetizada no livro “O Herói de Mil Faces”, para delinear sua saga galáctica. Se não fosse Campbell, possivelmente “Guerra nas Estrelas” nunca teria existido, ou então seria bem diferente.
Campbell com a esposa, Jean Erdman, e a antropóloga Joan Halifax, na década de 80.
Há muito que falar sobre os escritos de Joseph Campbell, e certamente voltarei ao assunto em outros posts. Hoje, vamos começar pelo básico, e usar as palavras do acadêmico para entender:
O QUE SÃO OS MITOS?
Você já sonhou que estava caindo? Ou que estava voando? Ou que estava se afogando? Ou que caminhava pelado pelo colégio? Normal. Todos nós já tivemos sonhos assim.
Como Freud, Jung e o próprio Campbell nos mostram, a psique humana é constantemente sacudida por uma série de medos, conflitos e desejos. Algumas questões são puramente individuais; outras são partilhadas por vários membros de uma determinada sociedade; e há ainda aquelas comuns a todos os seres humanos.
Freud: interpretação dos sonhos
Quando sonhamos, essas energias em conflito continuam se expressando. Mas sem a barreira do consciente para censurá-las e organizá-las, a coisa vêm à tona de forma simbólica.
O que vemos num sonho não é a realidade, e sim uma tentativa do inconsciente de expressar a realidade por meio de símbolos e metáforas. Assim, sonhar que está caindo pode significar que algo na sua vida o está impedindo de prosseguir em um determinado objetivo. O que está ocasionando isso depende de pessoa pra pessoa.
MAS O QUE ISSO TEM A VER COM OS MITOS?
No caso dos mitos, acontece exatamente a mesma coisa. Os mitos são sonhos coletivos, são conflitos e questões partilhados por todos os membros daquela sociedade, e que precisam se expressar de forma simbólica.
Segundo Campbell, os sonhos são mitos individuais – os mitos são sonhos coletivos.
Salvador Dali: símbolos individuais
Na antiguidade e nas culturas primitivas de hoje, os mitos são organizados e difundidos por homens e mulheres especiais, que têm a sensibilidade de compreender os anseios da sociedade em que vivem.
Esses sonhos, esses desejos comuns a todos daquele grupo, são sintetizados em um determinado conjunto de símbolos e metáforas - denominados mitos.
ELEMENTOS UNIVERSAIS
Não é à toa que ainda hoje muitos mitos antigos permaneçam úteis e compreensíveis para nós. Várias dessas histórias ancestrais carregam idéias elementares, ou seja, idéias comuns a todos os seres humanos, não importa a raça, credo, religião ou camada social.
Um desses padrões universais é a célebre Jornada do Herói, que já falamos acima e que merece um post à parte. Por enquanto, ficamos com os dizeres do simbologista, em um dos trechos do vídeo "O Poder do Mito", em que ele fala sobre o papel dos artistas como construtores de mitos na civilização atual.
O blog está em recesso por uma semana. Mas é por uma boa casa. Estou trabalhando arduamente na revisão do livro “A Batalha do Apocalipse”. Para quem ainda não sabe, o romance volta à Nerdstore em poucos meses.
É claro que nenhuma mudança drástica será feita no texto, muito menos na história (podem ficar tranquilos). A ideia é consertar desde possíveis erros de português / digitação até ajustar o documento para tornar a leitura mais dinâmica e interessante.
Uma crítica bem construtiva que eu recebi de diversas pessoas foi a excessiva repetição de conceitos. Termos como “O Tecido da Realidade” e “A Fortaleza de Sion” (só para citar alguns) eram explicados cada vez que mencionados.
Na nova edição, vou enxugar essas explanações. Para o leitor não ficar perdido, porém, incluiremos um glossário (idéia do Azaghal), bem ao estilo “Silmarillion”. Ali, estarão incluídos TODOS os termos do livro, bem como seus personagens e páginas de referência. Veja a print abaixo.
Da mesma forma, trechos excluídos na primeira edição estarão de volta agora, especialmente partes relevantes da batalha final.
QUER PARTICIPAR?
Se você já leu “A Batalha do Apocalipse” e tem críticas construtivas a fazer, esta é a hora! Estou analisando as opiniões de cada leitor.
E aguardem que, como eu disse, o livro retorna brevemente à loja do site Jovem Nerd, juntamente com outras atrações ligadas ao universo. Para não perder as últimas atualizações, fique ligado no meu Twitter (@eduardospohr), no da NerdStore (@nerdstore) e no NerdCast.
Glossário na nova edição de "A Batalha do Apocalipse" - ainda sem as páginas de referência. Clique aqui para ver ampliado.
“Os deuses já chegaram e cada vez chegam mais. Cada vez mais tem naves IMENSAS chegando aqui e sendo vistas”, Jorge Poggi.
Domingo passado (19) estive no lançamento do livro “O Amor na Rede”, do ufólogo e arqueólogo de campo Jorge Poggi, que ficou conhecido na blogosfera depois de participar do NerdCast 112a, sobre ufologia. Escute aqui.
O novo livro de Jorge, porém, não tem nada a ver com esse assunto. Como o nome sugere, trata de relacionamentos no meio virtual.
Fundamentando-se em experiências próprias e em pesquisas publicamente conhecidas, o autor dá dicas de como se comportar na web e como conseguir uma parceira (ou um parceiro) na grande rede. Além disso, mostra como você deve se prevenir contra determinadas fraudes que assustam os internautas mais incautos.
Não pude deixar de ir até o lançamento para entrevistar esta figura. Na pauta, além dos assuntos do livro, consegui arrancar de Jorge outras informações sobre a suposta presença alienígena em nosso planeta, seus hábitos alimentares e planos para a humanidade. E ainda: mais revelações sobre a abdução que o tornou nacionalmente famoso.